O Lapinha celebra os patrimônios de natureza material que nos circundam - como a água, as montanhas, a gruta, os fósseis - e, ao mesmo tempo, celebra o patrimônio imaterial - como a dança, a capoeira, o congado, o tambor de crioula etc. -, expresso na nossa cultura tradicional de matriz africana. Acreditamos que a cultura de raiz é poderoso recurso para a preservação ambiental, já que está intimamente conectada com a terra e com toda a natureza. Durante o evento, esperamos aprender bastante com os mestres da cultura popular, que cantam o respeito aos animais, sabem entender as plantas e convivem em harmonia com os seres humanos.
A Gruta da Lapinha em Lagoa Santa é um ponto estratégico, confluência de várias cidades em que a ACESA tem núcleos (Belo Horizonte, Santa Luzia, Jaboticatubas, Serra do Cipó). É também, historicamente, rota usada por muitos negros que trabalhavam no meio rural para chegar aos centros urbanos.
Diversas manifestações culturais compõem o Lapinha, são elas:
CAPOEIRA ANGOLA: carro-chefe da ACESA, a capoeira angola preserva a memória de nossos ancestrais africanos através dos cantos, movimentos, ritmos e gestuais. “É mandinga de escravo em ânsia de liberdade”. É luta, dança, jogo, “é tudo o que a boca come”. Pertencemos à linhagem de Mestre Benedito de Angola, estruturada em escola por Mestre Pastinha, que passou a Mestre João Pequeno e Mestre João Grande, que passou a Mestre Morais, que ensinou Mestre Rogério, que ensinaram nosso Mestre João Angoleiro, que já vinha da escola da capoeira de rua de Belo Horizonte, com o Grão Mestre Dunga. “Nossa linhagem é nobre.”
CANDOMBE: Culto em louvor à Nossa Senhora do Rosário, é considerado a mais antiga manifestação afro-mineira, “pai do Congado”. Os tambus sagrados tocam na roda e os candombeiros cantam sabedorias milenares, através da linguagem metafórica ensinam como compreender a natureza.
CONGADO: A festa de coroação dos reis negros acontece desde o século XVIII em Minas Gerais, e com suas guardas de Congo e Moçambique louvam Nossa Senhora do Rosário, mãe protetora dos negros, e São Benedito, santo preto cozinheiro milagroso. Com suas caixas, gungas e pantagomes cantam as histórias da travessia atlântica, a saudade da mãe África, a fé dos negros.
TAMBOR DE CRIOULA: Manifestação cultural predominante no Maranhão, os tambores tocam em louvor à São Benedito enquanto as mulheres dançam em roda, cumprimentando-se com a punga ou umbigada. O Lapinha, há quatro anos, vem contribuindo para a conexão Minas Gerais-Maranhão, trazendo renomados Mestres do Tambor de Crioula para dar oficinas e compartilhar seus saberes. Em 2014, pretende-se trazer o Mestre Wanderley, do quilombo de Itamatatiua, Alcântara.
BOI DA MANTA: Manifestação tradicional de Minas Gerais, ligada ao ciclo do Boi, que historicamente contribuiu para a ocupação territorial de nosso estado já que este foi povoado acompanhando as pastagens livres dos bois pelo rio São Francisco. A Irmandade dos Atores da Pândega apresenta seu lindo cortejo de boi da manta, animando a garotada que corre frenética, tentando escapar das chifradas do boi.
DANÇA-AFRO: A dança permite expressar sentimentos, emoções, recordar histórias, rememorar fatos marcantes. A dança afro-brasileira conta, com corpos e movimentos, trajetórias de resistência dos negros e seus descendentes, na longa busca por auto-afirmação e liberdade.
AFRICAN BEAT: Trazido à Minas Gerais, com o Mestre senegalês Mamour Ba, que oferece oficinas de canto, dança e ritmos tradicionais africanos, além de preciosos fundamentos da visão de mundo de nossos ancestrais.
SAMBA: A mais difundida manifestação cultural afro-brasileira aparece no Lapinha de forma espontânea e natural. O samba de roda, irmão da capoeira, está presente em todo o final de roda, em que meninos e meninas mostram seu gingado. A velha guarda do samba de BH sempre marca presença, com os renomados Mestre Conga e Donelisa, que cantam suas composições, além de sucessos do samba de raiz e dos sambas de escola.
FONTE: ACESA
PUBLICAÇÃO: 2012-04-03 14:04:23
CONGADO: A festa de coroação dos reis negros acontece desde o século XVIII em Minas Gerais, e com suas guardas de Congo e Moçambique louvam Nossa Senhora do Rosário, mãe protetora dos negros, e São Benedito, santo preto cozinheiro milagroso. Com suas caixas, gungas e pantagomes cantam as histórias da travessia atlântica, a saudade da mãe África, a fé dos negros.
TAMBOR DE CRIOULA: Manifestação cultural predominante no Maranhão, os tambores tocam em louvor à São Benedito enquanto as mulheres dançam em roda, cumprimentando-se com a punga ou umbigada. O Lapinha, há quatro anos, vem contribuindo para a conexão Minas Gerais-Maranhão, trazendo renomados Mestres do Tambor de Crioula para dar oficinas e compartilhar seus saberes. Em 2014, pretende-se trazer o Mestre Wanderley, do quilombo de Itamatatiua, Alcântara.
BOI DA MANTA: Manifestação tradicional de Minas Gerais, ligada ao ciclo do Boi, que historicamente contribuiu para a ocupação territorial de nosso estado já que este foi povoado acompanhando as pastagens livres dos bois pelo rio São Francisco. A Irmandade dos Atores da Pândega apresenta seu lindo cortejo de boi da manta, animando a garotada que corre frenética, tentando escapar das chifradas do boi.
DANÇA-AFRO: A dança permite expressar sentimentos, emoções, recordar histórias, rememorar fatos marcantes. A dança afro-brasileira conta, com corpos e movimentos, trajetórias de resistência dos negros e seus descendentes, na longa busca por auto-afirmação e liberdade.
AFRICAN BEAT: Trazido à Minas Gerais, com o Mestre senegalês Mamour Ba, que oferece oficinas de canto, dança e ritmos tradicionais africanos, além de preciosos fundamentos da visão de mundo de nossos ancestrais.
SAMBA: A mais difundida manifestação cultural afro-brasileira aparece no Lapinha de forma espontânea e natural. O samba de roda, irmão da capoeira, está presente em todo o final de roda, em que meninos e meninas mostram seu gingado. A velha guarda do samba de BH sempre marca presença, com os renomados Mestre Conga e Donelisa, que cantam suas composições, além de sucessos do samba de raiz e dos sambas de escola.
FONTE: ACESA
PUBLICAÇÃO: 2012-04-03 14:04:23
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